O grupo dos cafajestes, ao qual orgulhosamente fazemos parte, e você, que nos acompanha, com certeza também compartilha conosco dessa maravilhosa característica, possui algumas especificidades, que começamos a listar aqui no mulé, sempre que nos é oportuna a chance, ou, quando, simplesmente nos interessa mesmo. A matéria de hoje dos cafagostos fala do gosto musical da camaradagem, ou das trilhas específicas dos cafajestes, dá uma ligada:
Para um cafajeste, música não é não é puro entretenimento, tem sempre um propósito . O cafajeste que se preze tem sempre de ser malandro, para dar a correta utilidade a seu “playlist” em determinados momentos da vida. Partindo desse preceito, encontramos os primeiros artistas que representam gloriosamente, a cafajestagem. Vamos a origem da cultura nacional: o samba. E falando de samba cafajeste, fala-se Bezerra da Silva , segundo o qual: “o único amor verdadeiro entre homem e mulher é o amor de mãe, o resto é caô” ou, “mulher bonita tem que jogar colar, senão nego da um bote...”. Pois é, bezerra tem na utilidade de sua música, o próprio hino dos cafajestes. Pois para o autor da expressão “canalhocracia”, os reais canalhas são os políticos em geral. Ele enxerga seu trato com a mulherada, como uma naturalidade. Um ensinamento dos muitos de sua extensa obra(assista o vídeo).
Propósito da música de Bezerra: Aprendizado básico cafajeste.
Perambulando ainda pelo subúrbio do samba, damos destaque também há um exemplo nato da cafajestagem, o senhor Carlos Roberto Oliveira, mais conhecido pelo nome de guerra: Dicró. Este poeta do samba malandro, mostra em álbuns como “o gozador” de 1999, e “funeral do Ricardão” de 1984, a vida de um típico cafajeste, cantada em versos, onde tudo é zona, e seu único incômodo, é a vigilância da sogra, muitas vezes “homenageada” em seus versos. Um grande exemplo da poesia de botequim, do grande Dicró é a canção "Olha a Rima"target="_blank">.
Objetivo musical de Dicró: Mostrar que todo bom cafajeste, têm de dar “baiana” nas repressoras da cafajestagem: As sogras.
Quando o samba fica de lado, a cafajestagem permanece. Chegamos a 1964, onde começava a carreira de um rei: o rei do brega, Reginaldo Rossi. Este sim é um exemplo de cafajeste e mulherengo assumido, mas que tem sempre em suas letras, o dom do perdão em relação a mulher de fé, ou até um pequeno arrependimento, típico de um exemplar cafajeste. Típico de um cafajeste? Sim. Um cafajeste sempre trata bem a mulher, ou, as mulheres, e não pode ser descoberto em suas andanças. Quando é descoberto e largado na sarjeta, é que o cafajeste evolui, e torna-se mais forte.
Ensinamento de Reginaldo: Trate bem todas elas, peça perdão quando errar, mas nunca realmente ache que está errado.
Mas esta matéria só fala da cafajestagem antiga?que seriam os novos cafajetes? Quando perguntado sobre isso, o estudante de Relações Internacionais, Thiago Oliveira, fã declarado de Hip Hop, ressaltou a importância de um nato cafajeste atual: “ No Hip Hop, os caras são sim cafajestes, mas acho o funk muito superior. É na lata. O Catra, por exemplo é f....!” Mister Catra, é a tradução de um cafajeste com convicção, e que eleva a cafajestagem a instituições sociais, como a igreja (para quem não sabe, catra declara-se muçulmano, e “somente” por isso tem várias mulheres). A evolução do cafajeste, chega a religião, isso sim é ser malandro!
Aprenda com Catra: “Os bonitinho tão virando viadinho”
Artista renomados, que exemplificam em sua essência o que é um cafajeste, com obras que mantém viva a originilidade desse nicho social. Viva a música Canalha!
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